O assunto voltou a ser discutido na reunião desta segunda-feira, 25 de outubro, com o vereador do Chega, Pedro Frazão, a criticar o arrastar sem solução dos problemas, com uma contínua diminuição do quadro de médicos, tendo o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves (PSD), criticado a inaceitável normalização dos encerramentos. “Não há anestesistas, mas houve quem conseguisse quase anestesiar os portugueses”, ironizou.
Manuel Afonso, deputado na Assembleia da República e vereador do PS na CMS, reconheceu dificuldades, mas defendeu que o Estado está a investir como nunca no Serviço Nacional de Saúde (SNS), afirmação que levou Ricardo Gonçalves a dizer que o Governo promete investir mas depois não concretiza sequer 60% do que anuncia. João Leite (PSD) reforçou a ideia identificando o que considerou falta de gestão e planeamento de um governo que está em gestão há 8 anos.
ENCERRAMENTOS UNS ATRÁS DOS OUTROS
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, avisou recentemente numa entrevista ao jornal “Público” que se os médicos não chegarem a acordo com o Governo, novembro poderá ser o pior mês dos últimos 44 anos no SNS, mas outubro também não está a ser fácil no Hospital Distrital de Santarém.
Informações recolhidas pela Rede Regional dão conta de vários problemas nos próximos dias. O Serviço de Ginecologia e Obstetrícia vai estar sem bloco de partos, não sendo possível receber doentes das 8h00 desta quinta-feira, 26 de outubro, até às 8h00 de dia 30, segunda-feira.
Outro serviço do HDS com fortes restrições é o Serviço de Urgência Cirurgia Geral, que não está a receber doentes desde as 8h30 desta quarta-feira, dia 25, situação que se prolongará até às 8h30 do dia 27, sexta-feira.