O Bloco de Esquerda entregou no final de janeiro, na Assembleia da República, um conjunto de perguntas ao Ministério da Saúde devido ao caso de um homem que, a 29 de dezembro de 2015, se queixa de ter perdido parte da visão por não haver oftalmologista no hospital, tendo sido assistido por um médico de outra especialidade.
Após consultar o Portal da Saúde, onde se refere que o Hospital de Santarém tem urgência geral de nível médico-cirúrgica de oftalmologia, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 20h00, o período em que o doente se terá deslocado ao hospital, os deputados Moisés Ferreira, da área da saúde, e Carlos Matias, eleito pelo distrito, querem que o ministério explique “por que motivo(s) não havia oftalmologista na urgência do Hospital de Santarém no dia 29 de dezembro de 2015, uma terça-feira?”; se “a falta de oftalmologistas na urgência é uma situação que acontece com regularidade?”, “que estratégias estão a ser implementadas para garantir oftalmologistas (…) quantos existem no Hospital e quantos fazem urgências, que procedimentos são adotados quando não existem?” e se “o “O Hospital vai abrir um processo de averiguações (…)?”
Problemas estendem-se ao Médio Tejo
Numa outra vertente, o deputado do BE eleito por Santarém tem recebido testemunhos sobre a transformação dos corredores das Urgências do Hospital de Abrantes “em salas de observação e em enfermarias”, o que o leva a “frequentes ruturas” do serviço.
“Com a reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo, a Urgência Médico-Cirúrgica foi concentrada na Unidade Hospitalar de Abrantes. Desde então, a afluência de doentes que antes se deslocavam às unidades de Tomar e Torres Nova provoca frequentes ruturas do serviço em Abrantes, pesem embora as sucessivas alterações para ganhar espaço e otimizar recursos”, pode ler-se na enviada por Carlos Matias ao Governo.
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