O executivo da Junta da União das Freguesias de Casével e Vaqueiros quer impedir que o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria encerre de vez a extensão de saúde da aldeia de Vaqueiros, onde a última consulta foi dada no passado dia 17 de setembro de 2013.
Em causa está o facto da atual direção do ACES pretender que os cerca de 200 utentes de Vaqueiros passem a ser atendidos na extensão de Casével, onde há consultas médicas em duas manhãs por semana.
"Tendo em conta esta mudança, solicitámos ao ACES que nos fosse atribuído mais um meio dia, em virtude do aumento do número de utentes. O ACES aceitou a nossa proposta, mas quer que as consultas sejam realizadas em Casével, o que nós não aceitamos", explicou à Rede Regional Carlos Trigo, o presidente da União de Freguesias.
"Não faz sentido obrigar os habitantes de Vaqueiros a deslocarem-se quando a extensão da terra tem todas as condições para que as consultas sejam lá realizadas", acrescentou Carlos Trigo, explicando que o ACES tem alegado que o posto de saúde local já não tem funcionária administrativa nem sistema informático.
"Se é por causa disso, a Junta de Freguesia compromete-se a colocar lá tudo o que é necessário e a suportar essas despesas", adiantou o presidente, lamentando a intransigência que o ACES tem demonstrado acerca desta questão.
A Câmara de Santarém, que aguarda a marcação de uma reunião com a direção do ACES, já enviou um ofício ao organismo do Ministério da Saúde a manifestar a sua total oposição ao encerramento da extensão de saúde de Vaqueiros.