Durante a adolescência e juventude, Rodolfo Dias confessa ter sido mais um “bon vivant” do que propriamente um desportista.
Com 30 anos já contados, “por brincadeira”, começou a dar umas voltas de bicicleta com os Tigres do Pedal, um clube da Raposa ligado ao ciclismo, e estava longe de imaginar que o “bichinho” fosse ficando.
Federou-se pela primeira vez em 2004, para fazer uma prova de cross no campeonato regional; entretanto, descobriu as maratonas BTT, e em 2008 já participou na Taça de Portugal e ficou em 3º lugar no campeonato nacional, com a camisola dos Tigres do Pedal.
Passou ainda duas épocas pela Bike Zone, uma equipa de Santarém, antes de chegar à Altimetria, por quem compete actualmente na taça de maratonas, provas de cerca de 70 quilómetros que demoram, em média, três horas a completar.
O próprio atleta confessa que “não foi nada fácil largar os petiscos e as loucuras” e adoptar um estilo de vida mais saudável, de acordo com o que é necessário para andar no desporto de alta competição. “Sobre a alimentação, por exemplo, tenho lido muita coisa e tenho tentado perceber qual é o tipo de alimentos que devo comer, inclusivamente durante as provas, e o regime que mais se adapta ao meu corpo”, explica.
Hoje, treina todos os dias cerca de duas horas durante a semana, no final do trabalho, e mais quatro horas ao sábado a ao domingo, supervisionado pelo seu treinador, Francisco Casaca, que lhe tem dado apoio técnico e teórico.
“Pegar na bicicleta é já quase um vício, é algo que nós precisamos de fazer para nos sentirmos bem”, afirma Rodolfo Dias. E, “faça chuva ou faça sol”, os treinos são ao ar livre, porque diz não conseguir adaptar-se aos aparelhos de ginásio.
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