Valdemar Alves, que foi assessor de Moita Flores quando este era presidente da Câmara de Santarém, é uma das testemunhas arroladas pelo MP no caso em que António Duarte, o ex-diretor do Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística (DGPU) da autarquia, está a responder por três crimes de abuso de poder e um de recebimento indevido de vantagem.
Chamado ao Tribunal de Santarém no passado dia 25 de junho, o atual presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande prestou um depoimento que foi em sentido contrário das declarações que tinha feito quando foi ouvido durante a fase de inquérito deste processo-crime.
Durante a sessão, perante o depoimento que Valdemar Alves deixou no Tribunal de Santarém, o MP pediu que fossem lidas as declarações que a testemunha fez em sede de inquérito, requerimento que acabou por ser indeferido perante a oposição do advogado que defende António Duarte.
Na sequência, a Procuradora da República solicitou que fosse extraída certidão por falsas declarações de Valdemar Alves, tendo a juiz presidente do coletivo aceite o requerimento para instauração de procedimento criminal.