O ex-diretor do Centro Distrital de Santarém da Segurança Social, Tiago Leite, considera que a cessação da sua comissão de serviços, ocorrida esta quinta-feira, 7 de dezembro, foi um ato de saneamento político.
Em declarações à agência Lusa, Tiago Leite, que ocupava o cargo há seis anos, desde 14 de dezembro de 2011, ligado às estruturas nacionais e locais do CDS-PP, recordou que em 21 de novembro de 2014 foi nomeado por cinco anos, por concurso ao abrigo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP), nomeação que só terminaria a 20 de novembro de 2019, daqui a 2 anos.
Tiago Leite revela que foi contactado no sentido de, em troca da sua saída, lhe ser paga uma indemnização de um ano de remunerações, tendo-lhe sido dada como justificação a necessidade de imprimir uma nova orientação à gestão dos serviços, situação que ocorreu também com os diretores da Segurança Social de Évora e Beja.
Em seu entender, este argumento não é mais do que um “saneamento político”, pois, “em momento algum existiu qualquer orientação” que não tivesse posto em prática, disse à Lusa, declarando-se de “consciência tranquila” e com a sensação de “dever cumprido”.
Tiago Leite diz mesmo que a sua exoneração surge depois de várias auditorias aos serviços e meses de um processo de inquérito à procura de um motivo para rescisão com justa causa. “Não encontraram nada” e “não havendo justa causa, foi preciso encontrar uma desculpa”, concluiu.
A Rede Regional sabe que o nome indicado há várias dias pela estrutura regional do PS para substituir Tiago Leite é o de Renato Bento, atual diretor do diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Santarém, mas fontes distintas garantem que da parte do Governo ainda não há uma indicação final, o que abre porta a outros cenários.
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