A gestão do Teatro Sá da Bandeira vai ser assumida por técnicos da divisão de Cultura do município em parceria com a empresa que ganhou o concurso público para o desenvolvimento de um projeto cultural para o concelho, segundo garantiu o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, na última reunião pública do executivo, que decorreu esta segunda-feira, 20 de agosto.
O autarca respondeu desta forma às questões levantadas pelo vereador do PS André Lopes sobre o futuro modelo de funcionamento deste espaço, e que considerou “bastante generosa” a adjudicação do projeto “Santarém Cultura” à empresa J. Aidos-Consultadoria e Gestão de Projectos, Lda., por 74 mil euros.
Segundo os números avançados por André Lopes, a autarquia prepara-se para gastar mais do que nos últimos três anos, em que investiu cerca de 62 mil euros na programação do Sá da Bandeira (12 mil euros em 2015, 20 mil euros em 2016, e 30 mil euros em 2017).
“O concurso não diz respeito apenas ao Sá da Bandeira, é muito mais abrangente porque inclui a programação cultural não só na cidade, mas em todas as freguesias”, explicou Ricardo Gonçalves, acrescentando que o contrato também inclui a realização de projetos de formação e a promoção dos espetáculos que se vão realizar.
Depois da não renovação da avença com o anterior responsável pelo teatro municipal, Pedro Barreiro, que provocou bastante polémica entre os vereadores do PSD e do PS, o concurso público lançado pela Câmara foi ganho pela empresa de João Aidos, que foi o primeiro programador e diretor do Teatro Virgínia, em Torres Novas.
Gestor, programador, produtor e engenheiro projetista, João Aidos tem estado ligado a inúmeros projetos no âmbito da Rede Nacional de Teatros e cineteatros, tendo sido também Diretor-Geral das Artes no Ministério da Cultura.
