De visita à Feira Nacional da Agricultura, o secretário geral do PS mostrou-se preocupado com o aumento da criminalidade nas áreas rurais e pediu ao Ministério da Administração Interna (MAI) uma "maior atenção" à vigilância dos campos agrícolas.
"Ouvi aqui muitos agricultores queixarem-se dos roubos que estão a ser praticados nos seus terrenos, quer de animais, quer de plantações, quer de vedações", disse António José Seguro esta quinta-feira, 13 de junho, pedindo ao governo que atue no sentido de minimizar os prejuízos dos agrcultores.
"É muito importante" que o MAI passe a ter "uma maior atenção ao mundo rural e a todas as propriedade agrícolas de moda a dar mais segurança a quem investe", frisou o líder socialista.
"Ao investir, os agricultores correm um risco, pelo que é natural esperarem que o Estado garanta a sua segurança e impeça os roubos que lhes criam grandes dificuldades do ponto de vista económico", explicou.
Nesta visita a Santarém, onde fez questão de ir falando com muitos dos expositores presentes na Feira, Seguro defendeu ainda que está na altura "do país alocar verbas para finalmente se fazer um cadastro do território nacional".
Vendo que o sector está numa fase de crescimento, para o líder do PS é necessário "identificar claramente as propriedades destinadas à agricultura para potenciar um novo interesse que começa a despertar no país e nos mais jovens quanto à atividades agrícola e empresarial".
Em relação às políticas europeias que afetam diretamente a agricultura nacional, Seguro defendeu que o governo "deve ser firme" na negociação de fundos comunitários.
“Portugal vai perder cerca de 13% de parte dos fundos, 700 milhões de euros, para o desenvolvimento do mundo rural”, lamentou, sublinhando que há outros países que já estão a beneficiar desta situação, nomeadamente a França, "que já tem bastantes recursos alocados à agricultura”.