Face ao indeferimento da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) ao pedido de viabilidade para a construção do aeroporto do Montijo, conhecido na terça-feira, o PSD Distrital de Santarém volta a salientar que a abertura à aviação civil da Base Aérea de Tancos pode ser a solução transitória, rápida e pouco onerosa para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.
Em comunicado, o PSD distrital defende que a decisão do novo aeroporto carece de uma Avaliação Ambiental Estratégica, que compare soluções e indique a melhor opção, algo que entendemos ser obrigatório para um investimento desta dimensão e que, estranhamente, o Governo sempre recusou, permitindo que, entretanto, avançassem as obras de ampliação do Aeroporto Humberto Delgado
Para os sociais democratas, o Campo de Tiro da Força Aérea, comumente designado por Campo de Tiro de Alcochete mas que, na verdade, se localiza maioritariamente no concelho de Benavente, é a solução ideal para a construção do novo grande aeroporto de Portugal. Não tem os constrangimentos espaciais, ambientais ou de operacionalidade do Montijo, e oferece a alternativa necessária para que Lisboa e o país possam ter, finalmente, uma infraestrutura aeroportuária condicente com as necessidades do setor.
Ao mesmo tempo, a abertura à aviação civil da Base Aérea de Tancos, como Terminal 3 do Aeroporto Humberto Delgado, pode ser a solução transitória para o período em que o país projeta, financia e constrói o Novo Aeroporto de Lisboa e posteriormente permanecer como aeroporto regional que servirá uma vasta região do País, nomeadamente com a proximidade do turismo religioso de Fátima e todo o interior centro.
“Com condições técnicas que pilotos e técnicos reconhecem como muito favoráveis, com a A1, a A23 e a A13 à porta, a Linha do Norte, a do Este e o principal nó ferroviário do Entroncamento a poucos quilómetros, é possível implementar esta solução de Tancos de forma rápida e pouco exigente do ponto financeiro, respondendo às necessidades de promoção da coesão territorial, dado o enquadramento face à região Centro e ao interior do país”, refere o PSD.