Vários deputados do PSD acusaram esta quinta-feira, 25 de janeiro, o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, de “inação” no combate à poluição do rio Tejo, responsabilizando-o por grande parte da “tragédia atual” em que o rio se encontra, com níveis de poluição aparente nunca antes vistos.
Numa carta de dez perguntas, os deputados Duarte Marques, Nuno Serra, Teresa Leal Coelho, Luis Leite Ramos, Bruno Coimbra e José Carlos Barros recordam que propuseram mais meios humanos e técnicos para fiscalizar o rio, proposta que foi rejeitada pelo Governo que disse sempre que os meios existentes eram suficientes.
“Em audiência na Comissão Parlamentar do Ambiente, o Inspetor-geral confirmou que os meios disponíveis eram suficientes”, refere o PSD em comunicado, concretizando que, assim sendo, “não se percebe como não se conseguem evitar as repetidas descargas poluentes no rio Tejo”.
Duarte Marques, eleito pelo círculo de Santarém, questiona “como é possível que o rio volte a estar neste estado, sem o Ministério conseguir encontrar os responsáveis nem obrigá-los a parar”.
“O rei vai nu no ambiente em Portugal e em particular no rio Tejo”, refere o mesmo deputado do PSD, que acrescenta ter dúvidas que os colaboradores da Agência Portuguesa do Ambiente e da Inspeção Geral do ambiente concordem ou se revejam “na (in)ação dos seus responsáveis e em particular do Ministro do Ambiente”.
“Faz mais um simples guarda prisional pela monitorização do rio Tejo que a APA, a IGAMAOT e o Ministério do Ambiente”, concluem os deputados, numa referência a Arlindo Consolado Marques, o ambientalista que mais tem denunciado a poluição no rio.