O congresso, que decorreu ao longo de todo do dia, foi marcado por uma grande mobilização de militantes socialistas. Apresentaram-se e debateram-se moções globais estratégicas e setoriais e houve ainda espaço para apresentação de balanço e relatórios numa jornada repleta de intervenções e análises.
Reeleito presidente da federação no dia 5 de novembro, com 97,8% dos votos expressos, Hugo Costa deixou vários agradecimentos, nomeadamente ao presidente da Comissão Organizadora do Congresso, Nuno Antão, e restante equipa, mas também à presidente das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos do Distrito de Santarém, Mara Lagriminha, e a todas as coordenadoras concelhias da estrutura.
Hugo Costa quis falar do futuro e do que importa acautelar. “Esta inflação arrasta consigo enormes desigualdades, porque afetando todos, afeta de forma mais violenta os mais vulneráveis, sendo esses os primeiros que devemos proteger, não esquecendo todos, nomeadamente a classe média que tantas vezes se sente fora das respostas. Quando não se tem dinheiro para o essencial, o populismo espreita em cada esquina”, disse.
Hugo Costa lembrou ainda o investimento nas infraestruturas, que falta concluir no distrito, como é o caso do acesso ao Ecoparque do Relvão, mas também a travessia do Tejo, a ligação do IC9 a Fátima, a ponte Rainha Dª Amélia, a modernização da linha do Norte, incluindo a estação do Entroncamento, o viaduto de Santana e o estudo sobre o atravessamento de Santarém, sem esquecer as estradas nacionais do distrito e o aeroporto. “Como região devemos e temos de agarrar a oportunidade de o aeroporto aqui se situar”, afirmou.
Um serviço postal universal de qualidade e redes de comunicações eletrónicas que cheguem a todo o território são fatores de igualdade e coesão territorial que foram realçados, tal como a aposta na educação, o combate às alterações climáticas e o investimento na saúde.
A crise na habitação não foi esquecida, com Hugo Costa a defender que “o PS tem de saber, quer no Governo quer nas autarquias, estar ao lado de quem representa, caso contrário tem enormes dificuldades”.
Como regionalista convicto Hugo Costa continua a defender a constituição da nova NUTII entre as comunidades intermunicipais do Médio Tejo, Lezíria do Tejo e Oeste que permita resolver os paradoxos e contradições da organização administrativa.
A escolha do Cartaxo para a realização do congresso quis marcar uma posição. “Mais cedo do que tarde, o PS voltará a liderar a câmara municipal neste concelho e o facto de realizarmos este congresso neste concelho é a prova que devemos, enquanto federação, estar sempre ao lado dos concelhos que mais precisam de solidariedade”, frisou Hugo Costa.
A sessão de encerramento foi o culminar de um dia intenso de trabalho, com a divulgação dos resultados eleitorais. O momento contou igualmente com a intervenção da presidente das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos, Elza Pais.