A produção de uvas no concelho de Santarém teve uma perda de cerca de 25% face à produção média dos anos anteriores mas há casos onde a quebra ultrapassou os 50%.
Os dados são avançados pela Comissão Política de Secção de Santarém do PSD, que na última semana realizou uma visita á Adega Cooperativa de Alcanhões e às vinhas de alguns sócios e viticultores daquela freguesia que tem uma forte atividade vitivinícola.
“Sendo a única Adega Cooperativa do Concelho de Santarém, o PSD Santarém quis constatar e demonstrar a sua preocupação com as quebras de produção de uva que se registaram a nível nacional, derivadas das condições climatéricas adversas que se fizeram sentir nos primeiros dias de agosto, com temperaturas a rondar os 50º C e perceber até que ponto as mesmas condicionaram e afetaram a produção nesta região”, explica um comunicado da concelhia.
Numa visita acompanhada pelo colaborador da adega, Jorge Antunes, e pelo enólogo João Sardinha, ficou certo que a quebra se vai refletir numa redução no volume de vinho produzido, pondo em causa o rendimento que dele advém, colocando em risco a viabilidade de algumas explorações.
A culpa foi do calor que se fez sentir, que provocou um escaldão na uva, provocando a seca de alguns dos cachos, que se tornou irreversível nalgumas vinhas, enquanto noutras ainda foi possível recuperar alguma produção com rega e tratamentos, que por sua vez oneraram os custos de produção.
Durante a visita foi ainda possível constatar a inexistência generalizada da contratação de seguros, atendendo aos respetivos preços e falta de sensibilização para a sua importância relativamente aos riscos inesperados como as altas temperaturas.
Com estes dados, a concelhia do PSD Santarém solicita ao Governo “que possa equacionar o apoio extraordinário a este setor, designadamente com ajudas à contratação de técnicos” para o apoio às culturas e cooperativas de menor dimensão e a “viabilização de contratação de seguros de colheita para estas explorações, com preços adequados à dimensão dos produtores”.