“Se há um ano desafiei o presidente da IP a reflectir sobre se tinha condições para continuar no lugar, hoje afirmo com toda a convicção que se deve demitir de imediato, ou então ser demitido pelo Ministro Pedro Nuno Santos ou pelo Primeiro Ministro António Costa”, defende Ricardo Gonçalves.
Recorde-se que na altura o autarca scalabitano manifestou-se contra o responsável da IP por causa do processo da consolidação das encostas das Portas do Sol e da reabertura da EN114, que acabou por ter o desfecho que a CMS sempre referiu e não o que a IP defendia.
Posteriormente, em abril deste ano, após mais uma morte na Linha do Norte, na zona do Casal do Peso, Ricardo Gonçalves diz que a IP “mais uma vez tentou, de forma vergonhosa, passar a responsabilidade para a CMS, dizendo que já devíamos ter feito uma obra que sabiam que só podíamos iniciar depois de nos terem feito chegar o projecto, o que sabiam não terem ainda feito”.
A gota final para a exigência da demissão veio esta segunda-feira, 3 de agosto, quando a autarquia foi informada que essa obra que a IP pretendia realizar não fazia sequer parte das 3 recomendações do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários para mitigar o risco de atravessamento daquela passagem de nível, sendo que a CMS desde a primeira hora defendeu que ali se devia construir uma passagem desnivelada, o que, diz, “sempre foi refutado pela IP, por questões financeiras”.
“Isto é gravíssimo”, conclui Ricardo Gonçalves, reafirmando que é chegada a hora da IP mudar de liderança.