O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) desmente ter adjudicado por 7.500 euros a totalidade do estudo de viabilidade económica do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA) de Abrantes, um valor que é quatro vezes inferior ao que acordou com a Câmara de Abrantes pela sua realização.
Em comunicado, a direção do IPT esclarece que o ajuste direto que fez com a empresa Catala Consulting diz apenas respeito a uma parte do referido estudo, concretamente no que se refere ao "levantamento do mercado turístico nacional e regional de Portugal".
Ou seja, o estudo que a autarquia de Abrantes adjudicou ao IPT por 32.500 euros não é o mesmo que o IPT entregou, por sua vez, à Catala Consulting por 7.500 euros.
Ainda segundo o comunicado do IPT, os cadernos de encargos de ambos os ajustes diretos são completamente diferentes e espelham que se tratam de serviços distintos, apesar do instituto reconhecer que as descrições dos contratos celebrados que estão para consulta no portal "Base.Gov" possa dar origem a equívocos, uma vez que são exatamente iguais.
Recorde-se que a polémica surgiu na última reunião de Câmara de Abrantes, quando os vereadores do PSD questionaram o executivo que gere a autarquia acerca de ambos os ajustes diretos, o primeiro celebrado entre a Câmara e o IPT por 32.500 euros, e o segundo entre o IPT e a Catala Consulting, por 7.500 euros.
A autarquia não deu qualquer explicação aos vereadores do PSD, que levantaram por escrito várias questões acerca deste assunto.
Notícias relacionadas