No documento, aprovado na última sessão parlamentar antes das férias dos deputados, os comunistas lembram que este é “o único caso existente em Portugal de exploração milenar de um centro de produção de sal comum resultante da ocorrência de águas cloretadas sódicas com salinidades elevadas, a cerca de 30 quilómetros do Atlântico”.
Os deputados salientam ainda que “a valorização e divulgação das Salinas de Rio Maior assumem por isso grande importância, de um ponto de vista turístico e cultural, para os potenciais visitantes, e de um ponto de vista económico, para o concelho de Rio Maior e para a atividade desenvolvida em torno das Salinas”.
O grupo parlamentar do PCP lembra ainda que as salinas de Rio Maior foram classificadas em 1997 como imóvel de interesse público, considerando por isso “que se justifica plenamente a sua classificação como imóvel de interesse nacional”.
FÁBRICA E MINA COM INTERESSE PÚBLICO
Num outro documento (Projeto de Resolução 2241/XIII/4.ª), entregue igualmente no final de junho, o Grupo Parlamentar do PCP recomenda ao Governo que adote o procedimento necessário para a classificação do conjunto edificado composto pela fábrica de briquetes e plano inclinado da Mina do Espadanal, em Rio Maior, enquanto património de interesse público
“No que respeita a valores de memória, existe prova suficiente do inestimável valor deste património para a memória coletiva da comunidade riomaiorense e, num plano mais lato, para a memória do século XX português. A autenticidade das evidências materiais subsistentes é atestável pela inexistência de reconstruções ou adulterações significativas do edificado; originalidade, raridade, singularidade confluem no carácter excecional do património mineiro de Rio Maior, sob um ponto de vista tecnológico e de qualidade arquitetónica, no contexto da atividade mineira nacional”, referem.