A acusação é da Direção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP, para quem o facto de não ter sido feita qualquer redução “revela a ausência de vontade do Governo em acabar com as portagens” na A10, A15, A13 e A23.
Nestas autoestradas, segundo o PCP, “a manutenção das portagens, além de constituir um grande condicionamento à utilização destas vias, veio sobrecarregar outras estradas em deficientes condições, tornando o tráfego incomportável, particularmente nas zonas urbanas”.
Além disso, segundo um comunicado da DORSA, “a introdução de portagens, como no caso da A23, teve até hoje consequências profundamente negativas para as populações e para o tecido económico das regiões”.
Sem alternativas, “em diversos troços, a A23 foi construída sobre os anteriores itinerários tornando inevitável a sua utilização. Noutros troços, a não utilização da A23 obriga à circulação pelo interior das localidades. E noutros troços ainda, evitar a A23 obriga a circular em estradas quase intransitáveis”.
As portagens, não só na A23 como nas restantes autoestradas, “oneram de uma forma desproporcionada e injusta as populações e as empresas dos distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Guarda”, agravando ainda “as dificuldades económicas dos utentes, já afetados por cortes salariais, pelo aumento do custo de vida, por situações de desemprego e precariedade e por baixos níveis de rendimentos”, salienta a DORSA.