PSD, CDS e “Os Verdes” exigiram esta terça-feira, 6 de junho, esclarecimentos ao Ministério da cultura sobre os com os incidentes e danos ocorridos no Convento de Cristo, em Tomar, durante a gravação de um filme, situação denunciada na sexta-feira, numa reportagem do programa da RTP “Sexta às 9”.
Numa audiência realizada esta terça-feira na Comissão de Cultura da Assembleia da República, o deputado Duarte Marques, eleito pelo PSD no distrito de Santarém, confrontou o Ministro da Cultura com o caso, demonstrando “total solidariedade” do PSD no apuramento da verdade mas exigindo uma investigação profunda, rigorosa e transparente ao que aconteceu.
O Ministro não confirmou a existência dos danos mas prometeu tudo fazer para que o Inquérito tenha resultados. Luís Filipe de Castro Mendes disse aos deputados que já está a decorrer um inquérito urgente que deverá estar pronto nos próximos 20 dias mas garantiu que não fará condenações em praça pública antes de apurados os factos e mostrou-se tranquilo em relação ao património.
Também o CDS-PP e Os Verdes querem esclarecimentos sobre os alegados danos causados no Convento. Em perguntas separadas enviadas ao Ministro da Cultura, os dois partidos querem saber se os eventos que vêm sendo relatados nos órgãos de comunicação social, como a realização de fogo, foram aprovados previamente pela direção do monumento e que limitações foram previamente colocadas à equipa de filmagens.
Reportagem do “Sexta às 9” denuncia graves irregularidades
A reportagem emitida, na sexta-feira dia 2 de Junho, pela RTP, relata vários danos provocados por uma equipa de filmagens, realizados durante três semanas de produção no Convento de Cristo. A mesma reportagem refere que a equipa de filmagens terá ateado uma fogueira de 20 metros, tendo cortado árvores que embelezavam o monumento e terá também partido pedras centenárias.
É ainda referido que elementos da equipa de produção do filme “O homem que matou D. Quixote” percorreram a cobertura da Charola, quebrando telhas da estrutura emblemática, cujo restauro foi concluído em 2013 após seis anos de intervenção e mais de 25 anos de estudo e conservação.
O programa relata ainda denúncias de apropriação indevida de parte dos dinheiros das entradas.