Nos 21 concelhos do distrito de Santarém, são nove os atuais presidentes de Câmara que já anunciaram a sua recandidatura a um novo mandato à frente das respetivas autarquias, a partir das eleições do próximo Outono.
Entre o lote dos recandidatos, há uma curiosidade que salta à vista: três deles são atualmente responsáveis máximos pelos seus municípios sem nunca terem ido a votos como cabeças de lista.
Na capital do Ribatejo, Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD) assumiu a presidência da Câmara após a renuncia definitiva de Francisco Moita Flores, em Outubro de 2012, para ir tentar a sua sorte como autarca em Oeiras.
Em Tomar, Carlos Carrão (também do PSD) assumiu funções depois da saída de Corvêlo de Sousa, que renunciou em Fevereiro de 2012, alegando motivos de saúde.
No Cartaxo, Paulo Caldas, depois de 12 anos como presidente da Câmara do Cartaxo, afastou-se da vida política e renunciou ao mandato em Outubro de 2011, deixando no seu lugar o então vice-presidente Paulo Varanda (PS), que comanda os destinos do concelho desde então.
O PS pode ainda reeleger mais três presidentes de Câmara: Maria do Céu Albuquerque em Abrantes, Fernanda Asseiceira em Alcanena, e Paulo Fonseca para um segundo mandato em Ourém, depois de em 2009 ter conquistado um dos bastiões laranjas do Ribatejo.
Pelo PSD, podem ser reeleitos Jacinto Flores em Ferreira do Zêzere, e Isaura Morais em Rio Maior, que, recorde-se, em 2009 tirou da Câmara o histórico autarca do PS Silvino Sequeira.
Finalmente, em Alpiarça, Mário Pereira, que recuperou o concelho para a CDU em 2009, também concorre a um segundo mandato.
Para se ter uma ideia das alterações que a lei da limitação dos mandatos está a provocar no poder local, é possível comparar o número de autarcas que se recandidatam só nestes dois atos eleitorais mais próximos.
Em 2013, são apenas nove contra os 16 presidentes de Câmara que se recandidataram nas autárquicas de 2009; destes, 14 venceram eleições e apenas dois saíram derrotados.
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