“Quando partir não é dizer adeus” é o nome do post com que Francisco Moita Flores anuncia oficialmente no “Projétil” (o seu blog pessoal) a sua saída definitiva da Câmara de Santarém.
Com um texto marcadamente confessional, o autarca confirma que “se aproxima a partida”, vai-se “despedindo” sem se “despedir”, mas acaba por nunca particularizar o dia em que vai abandonar a presidência do município.
Contactado pela Rede Regional, o autarca adianta que “já há uma data concreta para a saída”, mas recusa-se a adiantar qual. “Primeiro, ainda vou de férias. Será só depois disso”, afirmou Moita Flores, que diz não ter “mais nada a acrescentar, para já” aos desabafos pessoais que publicou no blog.
O autarca confirmou, no entanto, que o vereador Ricardo Gonçalves será o presidente da Câmara em exercício até ao final deste mandato. “É, aliás, o que decorre da lei, que determina que suba a presidente o número dois da lista”, disse, acrescentando apenas que a sua sucessão tem vindo a ser preparada internamente há vários meses.
“A única coisa que posso dizer acerca deste assunto é que há questões internas que estão a ser vistas com o PSD”, disse à Rede Regional Ricardo Gonçalves, que também se recusou a adiantar mais pormenores sobre a questão.
Para sexta-feira, 11 de Maio, está agendada uma assembleia de militantes social-democratas, onde a saída de Moita Flores será um dos assuntos que vai dominar a reunião.
“Não sei como poderei dizer adeus a tanta gente que tenho no coração”, escreve Moita Flores no “Projétil”, onde afirma que está a utilizar a sua página pessoal do Facebook para deixar testemunhos e fotografias que marcam os seus sete anos à frente da autarquia scalabitana. “Entre esta página e a página do facebook visitam-me todos os dias mais de vinte mil pessoas. Muitos deles amigos, vou aqui deixando um abraço a cada um, dizendo-vos até breve e até sempre”, explica o autarca.
“São memória dos dias partilhados, dos nossos encontros, dos nossos silêncios, das nossas vitórias, que uma equipa de combate entregou a Santarém, capital da Liberdade”, adianta ainda Moita Flores, dizendo saber que “alguns se zangaram” e lamentando que outros se recusem “a ver a mudança que a cidade sofreu”.
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"Quando partir não é dizer adeus"
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