O Governo está a ultimar processos para que a Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território passe a ter uma unidade de intervenção rápida, com funcionamento 24 horas por dia / 7 dias por semana, que permita identificar focos de poluição em tempo real.
Em Abrantes, onde interveio no âmbito da conferência “Poluição da Água/Caso da Bacia do Tejo”, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, explicou que as novas medidas de combate à poluição, que permitirão atuar no rio Tejo, incluem videovigilância por drones (que entrarão em funcionamento até final de junho) e sensores de monitorização em tempo real.
Segundo o governante, estes meios permitirão, “em tempo real, ter notícia de alterações à qualidade da água e identificar o ponto de origem do efluente, de modo a incutir maior rapidez na identificação e na cessação da situação de infração”.
O ministro destaca ainda um aumento da “atividade coerciva”, lembrando que em fevereiro foi desmontado um coletor com 1,5 quilómetros que havia sido colocado numa indústria farmacêutica situada no Carregado, e já este mês foi determinada a suspensão da atividade de uma empresa que opera em Vila Velha de Ródão (Centroliva), que só poderá retomar a atividade quando as medidas impostas estiverem asseguradas.
Já sobre a Celtejo, empresa de Vila Velha de Ródão com historial de poluição, João Matos Fernandes revelou que a nova ETAR da empresa de pasta de papel estará concluída e em funcionamento no próximo mês de maio, ao invés do final do ano, como estava inicialmente previsto.