“A quatro meses e 16 dias do términus da operação a carvão na Central, o Conselho Intermunicipal do Médio Tejo, por unanimidade, considera uma total falta de respeito pela região a inexistência de uma solução clara e inequívoca que mantenha no Pego um dos mais importantes centros electroprodutores do país”, segundo se lê num comunicado da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT).
Os autarcas recordam que “confiaram nas informações recebidas de que um grande projeto que compense o encerramento da operação a carvão surgiria em devido tempo”, o que “infelizmente, tal ainda não aconteceu”, num processo onde as “contradições existentes” não podem “deixar de ter responsabilidades politicas”.
Sublinhando a importância da Central do Pego “no contexto do desenvolvimento económico da região”, o Conselho Intermunicipal da CIMT “reitera que o seu interesse fundamental é que se mantenha na região do Médio Tejo um importante polo de produção de energia, e acrescenta que o “foco não pode estar em medidas mitigadoras do fecho da central nem em bonitos projetos e intenções de requalificação de recursos humanos”.
Os autarcas da região pretendem “que o governo crie, urgentemente, condições para um processo de reconversão da central, canalizando verbas do fundo de transição justamente para tal efeito”, pois é “na reconversão e na diversificação económica que tem de estar a aposta para uso das avultadas verbas que estão disponíveis pela Comunidade Europeia no âmbito da descarbonização”.