Citado pela agência Lusa, João Moura, que foi o número dois da lista por Santarém, referiu que a sua opinião não vincula os órgãos distritais, que irão reunir-se para discutir os resultados obtidos pelo partido, mas mão tem dúvidas que a estratégia delineada por Rui Rio “não funcionou”.
“O PSD teve um dos piores resultados de sempre. Algo não correu bem e é preciso tirar conclusões”, sublinhou João Moura à Lusa, reafirmando o seu descontentamento pelas “escolhas e pela forma como foram feitas”, no processo de elaboração da lista de candidatos pelo distrito, numa referência à imposição do nome de Duarte Marques como número três, deixando de fora o nome indicado pela concelhia de Santarém, Ramiro Matos.
Para João Moura, “era altamente provável ter um resultado diferente, para melhor, se o processo tivesse sido feito de outra maneira”. No entanto, admite que “dentro das circunstâncias”, o resultado obtido pelo PSD no distrito de Santarém foi “o menos mal”, com a concelhia de Ourém, que lidera, a “salvar a honra do convento”, disse.
No distrito de Santarém, 25,2% dos eleitores votaram no PSD e 37,1% no PS, que elegeu quatro (mais um que em 2015) dos nove deputados do círculo eleitoral de Santarém, o PSD três, o BE um e a CDU outro, tendo o CDS perdido a deputada que havia eleito há quatro anos no âmbito da coligação com o PSD.