Depois de, na semana passada, a Fabrióleo ter emitido um comunicado onde nega responsabilidades pela poluição ambiental no rio Almonda, a atual coordenadora nacional do Bloco de Esquerda acusou diretamente a empresa de ser responsável pelas descargas poluentes.
“A Fabrióleo continua a poluir de uma forma completamente impune e isso tem de acabar. É preciso respeitar as pessoas que aqui vivem, e é urgente parar com este crime ambiental”, disse Catarina Martins em Torres Novas, onde participou na “Marcha Pelo Tejo”, um protesto que começou em Vila Velha de Ródão, e passou antes por Nisa e Abrantes.
A líder bloquista exigiu o fim da “impunidade” da Fabrióleo, acusando-a de ser responsável pela poluição da Ribeira da Boa Água, um afluente do rio Almonda, que, por sua vez, desagua no Tejo.
No meio de um cheiro nauseabundo, Catarina Martins falou com vários dos residentes presentes, alguns deles usando máscara, e ouviu relatos de quem não consegue dormir à noite com um cheiro “que até dá vómitos”, mesmo fechando as janelas, ou de quem vê o negócio, como uma residencial e um restaurante, morrer, “porque ninguém aguenta”.
Na concentração num dos pontos da ribeira, próximo do centro comercial de Torres Novas, eram vários os cartões escritos à mão com a palavra-de-ordem “Basta”, mas também com frases como “Quero abrir a janela”, “Devolvam-nos a ribeira”, “Ribeira poluída = hortas contaminadas” e “O lugar dos criminosos é na prisão”.
Também na semana passada, o Ministério do Ambiente reafirmou que têm sido efetuadas diversas ações de inspeção e fiscalização das principais fontes de poluição na ribeira da Boa Água e lembrou que a empresa possui um historial de descargas ilegais.
Uma resposta
Gente como esta que poluí os poucos recursos naturais portugueses que nos sobram deviam pagar o conserto, pagar uma multa até ao fim da vida ao estado português e ir para a cadeia a vida toda!!