A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) defende como investimentos prioritários para a região, a construção do aeroporto internacional no antigo Campo de Tiro de Alcochete, no concelho de Benavente, e o Projeto Tejo, que tem sido apresentado como “um novo Alqueva” para o Ribatejo e o Oeste.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da CIMLT, Pedro Ribeiro (PS), que é também presidente da Câmara de Almeirim, reconhece que só estes dois projetos representam cerca de metade da verba do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, e afirma que aquilo que foi pedido pelo executivo a cada NUT (unidade territorial para fins estatísticos) no âmbito da discussão do PNI “não será tido em conta”.
“Se me perguntarem se acredito no que me estão a pedir, não acredito. Fui enganado muitas vezes. Estou farto, cansado, de quem decide olhar só para Lisboa. Pediram-nos o que consideramos fundamental para as próximas décadas. Está aí. Acredito? Não. Quem está, quem esteve, quem decide não faz ideia do país que temos”, declarou Pedro Ribeiro à Lusa.
O “novo Alqueva” para o Ribatejo e o Oeste, com a criação de pequenas barragens insufláveis ao longo do rio Tejo para permitir a irrigação de cerca de 300.000 hectares, um investimento da ordem dos cinco mil milhões de euros é, para Pedro Ribeiro, um projeto intergeracional, para além do horizonte do PNI 2030.
Já no que diz respeito ao Novo Aeroporto de Lisboa, projeto de 2008 entretanto metido na gaveta, Pedro Ribeiro continua a defender a localização de Benavente, destacando ainda como prioridades da CIMLT o desvio da Linha do Norte em Santarém, a conclusão do Itinerário Complementar (IC) 3, entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha, com nova travessia do Tejo junto à Chamusca, e a conclusão do IC10, entre Almeirim e Montemor, para solucionar a travessia do Sorraia, junto a Coruche.