Refutando a ideia de que Portugal é um país pobre, Jerónimo de Sousa defende que o país deve aproveitar as suas riquezas naturais em vez de andar a pedir mais empréstimos para resolver o problema da dívida externa.
O líder comunista defendeu esta ideia num jantar de Natal do PCP que reuniu quase 500 convivas em Alpiarça, na sexta-feira, 14 de Dezembro, onde sublinhou que Portugal é um país que tem todas as potencialidades para criar emprego e gerar riqueza, se souber apostar nas suas riquezas naturais.
Jerónimo de Sousa falava em concreto do subsolo e dos metais que se podem extrair, casos do ouro, da prata ou do cobre, entre outros, mas criticou o facto desta indústria ser explorada por estrangeiros quando devia ser o Estado e empresas de capital nacional a assegurar a sua dinamização.
Segundo o líder do PCP, debaixo do solo há o equivalente "a dois produtos internos brutos", o que seria o suficiente para que Portugal pagasse a dívida e se livrasse dos seus credores externos.
Jerónimo de Sousa lamentou ainda que o país não potencie e aproveite a sua zona económica exclusiva a nível das pescas e dos recursos marítimos, que é a maior da União Europeia, e que os sucessivos governos tenham trocado este sector estratégico por "paletes de fundos comunitários".