A constituição de um conselho geral de apoio ao executivo camarário foi uma das novas ideias para a gestão autárquica que Francisco Mendes lançou na apresentação da sua candidatura independente à Câmara Municipal de Santarém.
Constituído por representantes de todas as forças da sociedade civil, este conselho servirá para dar apoio a todas as decisões estruturantes do executivo eleito para gerir o município, explicou o cabeça de lista do movimento independente "Mais Santarém", que conseguiu esgotar por completo o auditório da Casa do Brasil na apresentação do seu projeto aos scalabitanos, na segunda-feira, 11 de Março.
Ainda sem programa eleitoral definido, Francisco Mendes deixou as linhas gerais da mudança que quer protagonizar na forma de gerir o município, caso venha a ser eleito nas autárquicas do próximo Outono.
"Depois de 30 anos de PS e 8 de PSD, já percebemos que a solução para os problemas da cidade não passa por aqui", afirmou o empresário de 50 anos, residente na freguesia de Almoster, explicando que o "Mais Santarém" é "um movimento de cidadania afastado de qualquer partido político e livre de interesses instalados".
"Já não nos revemos nas políticas e nas práticas partidárias há vários anos, e foi esta a grande razão para constituir este movimento", disse Francisco Mendes, esclarecendo que é a cidadania e a vontade de estimular a participação de todos os cidadãos na vida pública que dão corpo a este projeto, o primeiro desta natureza a sujeitar-se ao escrutínio do voto, no concelho.
Margarida Ribeiro de Almeida é a proponente número 1
A apresentação da candidatura de Francisco Mendes serviu também para dar início ao processo de recolha das assinaturas dos proponentes da candidatura, que têm que ser cerca de 2.000 para que o "Mais Santarém" seja aceite para as próximas autárquicas.
A primeira proponente a assinar a listagem que terá que ser entregue até Agosto, sensivelmente, foi Margarida Ribeiro de Almeida, que disse sentir-se "a contribuir para que nesta cidade renasça a consciência cívica".
"Há muitos cidadãos que estão acordados e querem construir o seu próprio destino", adiantou a médica do Hospital de Santarém, que também deixou muitas críticas ao funcionamento dos partidos políticos e justificou a sua participação neste movimento como "um desígnio de cidadania".
Sendo certo para já que o movimento vai concorrer à Câmara e Assembleia Municipal, Paulo Filipe Chora explicou ainda à Rede Regional que poderão surgir algumas listas nas freguesias do concelho.
"Estamos a trabalhar no sentido de encontrar amigos e apoiantes que se disponibilizem para serem candidatos nas freguesias, mas não podemos adiantar para já em quantas ou a quais vamos concorrer", explicou este elemento do movimento independente.