Os autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo ficaram bastante agradados com as declarações do Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME) que afirmou que o Exército nada tem a opor quanto à existência de um aeródromo civil em Tancos, desde que se mantenham os requisitos operacionais de funcionamento da área militar.
Em declarações à agência Lusa, o secretário executivo da CIM Médio Tejo, Miguel Pombeiro, diz que os autarcas da região vão “continuar a percorrer o caminho para que isso no futuro possa ser uma realidade”, acrescentando que a CIM solicitou já audiências ao ministro da Defesa e ao ministro das Infraestruturas e Habitação.
“A ambição da região nunca foi que o aeródromo passasse a ser exclusivamente civil, julgamos que é perfeitamente possível ter aqui uma utilização dual. Aliás, a própria infraestrutura de Tancos, com a porta de armas a Oeste, com todo aquele espaço vago que tem a Este e a inserção nas grandes vias da A23, convidam, de facto, a esta utilização dual”, disse Miguel Pombeiro, referindo que o investimento para a construção de um aeroporto regional no aeródromo militar de Tancos poderá rondar os 40 milhões de euros.
Os estudos já feitos apontam para 14 a 16 movimentos diários, algo que, diz Miguel Pombeiro, não afeta a tranquilidade da região, com uma área geográfica de 2.715 quilómetro quadrados, integrando os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, e Vila Nova da Barquinha.