Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Santarém querem que o Ministério do Ambiente indique quais os pontos de recolha de amostragem da poluição nas águas no rio Tejo, a frequência da recolha, e os parâmetros analisados no âmbito da fiscalização.
O requerimento entregue na Assembleia da República pelos social-democratas surge na sequência da denuncia do movimento proTEJO em relação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que estará, alegadamente, a recolher amostras em locais estranhos e que não são verdadeiramente representativos da poluição que afeta o rio.
Além do caso do técnico da APA já exposto pela Rede Regional (LER AQUI), os deputados do PSD fazem eco da denuncia de um investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), Filipe Ribeira, que diz ter testemunhado uma recolha efetuada na praia fluvial de Ortiga, concelho de Mação, onde desagua uma ribeira “limpíssima”, quando o curso principal do Tejo passa junto à barragem de Belver, local onde deveriam ser recolhidas as amostras.
Uma vez que as denuncias não mereceram qualquer desmentido por parte da APA, “tal pode significar que a realidade das análises da água do rio pode estar enviesada à partida pelo próprio processo de fiscalização”, sublinham os eleitos do PSD, para quem “uma monitorização ambiental competente e séria é essencial não só para conhecer melhor a realidade, como também as ameaças a que a mesma pode estar sujeita”.
“A verdade é que a situação aparente do curso de água do Tejo, verificável a «olho nu», parece ser sempre pior do que os dados das análises divulgadas permitem aferir”, concluem ainda os deputados Duarte Marques, Nuno Serra e Teresa Leal Coelho.
2 Responses
Boa.
É claro que os senhores da APA terão de colocar esta medida em prática e de forma a acabar com este jogo do gato e do rato.
A APA existe para defender o ambiente e as pessoas e não ao contrario.
Há muito tempo que considero a APA cúmplice nestes crimes. Talvez até a maior culpada! Porque as empresas põe o lucro em primeiro lugar e (embora obviamente não concorde) o ambiente em último. Mas a APA serve exclusivamente para defender o ambiente e perverte em absoluto o seu papel ao servir afinal para encobrir os crimes que devia prevenir. Quem nos devia defender, serve afinal para impedir as denúncias dos cidadãos e o trabalho da GNR de ter algum resultado. Cada vez que diz que está no terreno, que está a acompanhar, que está vigilante, não faz mais do que abafar a revolta das pessoas. Assim acabam por incentivar os criminosos a continuarem, a impunidade é um estímulo.
E ainda por cima, quando interpelada diretamente com questões simples nem se digna a dar informação – falo por experiência própria.