A divulgação da lista oficial dos candidatos a deputados da coligação PSD/CDS-PP pelo distrito de Santarém “não será revelada antes do final de julho”. A garantia foi dada ao nosso jornal pelo presidente da Distrital do PSD, Nuno Serra, que referiu ainda que “até lá há muito trabalho para fazer”.
As declarações de Nuno Serra foram feitas no seguimento de um jantar que reuniu quase uma centena de participantes na noite desta quinta-feira, 4 de junho, em Torres Novas, e que se destinou a definir as melhores estratégias para o distrito e a juntar as estruturas de ambos os partidos para que assim se partilhem experiências que reforcem a dinâmica pretendida para a campanha eleitoral da coligação.
O líder do PSD de Santarém reconhece que a questão das listas é um assunto muito sensível, garante que “não há nenhum nome certo nas listas” e que tudo o que se possa falar “não passa de puras conjecturas e especulações.
Certo é que os dois partidos vão começar, a partir de agora, a surgir juntos em todos os eventos, sendo a semana de 20 a 28 de junho destinada a ações conjuntas em todo o país.
Assunção Cristas no centro da discussão
Em maio, PSD e CDS-PP decidiram que as listas nos vários distritos deveriam ser feitas com base no método de Hondt e tendo em conta os resultados das últimas eleições legislativas.
Nessa circunstância, o PSD indicaria os três primeiros nomes, cabendo ao CDS-PP o quarto. No entanto, o acordo entre as duas forças políticas prevê a possibilidade dos presidentes dos partidos acordarem entre si alguns distritos onde os cabeças de lista poderão ser do CDS-PP e Santarém tem sido uma das possibilidades mais faladas.
Em fevereiro, o nome da ministra da Agricultura, Assunção Cristas (CDS-PP), foi apontado como uma possibilidade para encabeçar a lista da coligação por Santarém, uma solução que até é vista com bons olhos por alguns militantes mas que tem sido liminarmente rejeitada pela estrutura partidária do PSD, que não aceita que seja um centrista a liderar a coligação pelo distrito.
Apesar da discussão estar ainda longe de um cenário definitivo, várias fontes ouvidas pela Rede Regional apontam para um cenário em que a lista possa ser encabeçada por uma figura nacional do PSD, com forte possibilidade de ser uma mulher, para resolver, desde logo, a questão das cotas.
Segundo as mesmas fontes, o presidente da distrital do PSD, Nuno Serra, e o atual deputado Duarte Marques, deverão ser os números 2 e 3 da lista, cabendo o quarto lugar a Filipe Lobo D’Ávila, atual deputado do CDS-PP eleito pelo distrito de Santarém, ou, no caso deste integrar as listas por Lisboa, a José Vasco Matafome, presidente da distrital do CDS-PP.
No atual cenário, João Moura (PSD) é apontado como o mais forte candidato a ser o número 5 da lista, surgindo depois como opção duas senhoras: as atuais deputadas Carina Oliveira e Isilda Aguincha, sendo que a primeira, por ser de Ourém, tal como João Moura, poderá descer na lista.
Todos os ouvidos pela Rede Regional assumem no entanto que todo este cenário é reversível sendo fundamental, em primeira instância, que as cúpulas dos dois partidos se entendam quanto ao cabeça de lista.
