As constantes ausências de Miguel Relvas da Assembleia Municipal de Tomar, órgão do qual é presidente, vão levar os eleitos da CDU a pedir a sua destituição do cargo na próxima sessão, que se realiza na quinta-feira, 28 de fevereiro.
Miguel Relvas " não reúne as condições para se manter como presidente deste importante órgão", considera a coordenadora da CDU de Tomar através de um comunicado publicado no seu site oficial, onde recorda que esta será a segunda tentativa de destituir o atual Ministro dos Assuntos Parlamentares e os restantes elementos que compõem a mesa da Assembleia.
O primeiro pedido de destituição, também por iniciativa da CDU, ocorreu a 24 de fevereiro de 2012, e teve por base o facto "do presidente não corresponder, naquele momento, aos verdadeiros anseios da população de Tomar, no que ao Hospital dizia respeito", numa altura em que se discutia o processo de reorganização do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT).
Para os comunistas, as afirmações proferidas por Miguel Relvas a 16 de fevereiro de 2012 "foram contrárias às defendidas pelo próprio em 2006, e às aprovadas por unanimidade e aclamação na Assembleia Municipal de Tomar em reunião extraordinária de 25 de Janeiro de 2012", onde se aprovou por unanimidade e aclamação uma proposta de todos os partidos e movimentos políticos (PSD, PS, IpT, CDU, BE e CDS/PP) que exigiam a suspensão imediata do processo.
"Nesse momento que o concelho de Tomar vivia um momento de especial importância para o seu futuro, mais uma vez não contou com a presença do seu presidente", afirma a CDU no comunicado, que a 28 de setembro de 2012 votou favoravelmente o voto de censura à mesa da Assembleia apresentado pelo Grupo Municipal "Independentes por Tomar", que acabou com 19 eleitos a favor, 16 contra e 11 abstenções.