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A Câmara de Santarém diminuiu a sua dívida em 5,6 milhões de euros durante o ano de 2015, uma redução de 7,3% face a 2014, estando atualmente nos 71,5 milhões de euros, a maior parte à banca.
A redução é ainda maior se tivermos em conta que em 2011 a dívida do município ascendia a 99,7 milhões de euros, ou seja, nos últimos 4 anos, desde que Ricardo Gonçalves substituiu o ex-presidente Moita Flores, a autarquia baixou a dívida em cerca de 28 milhões de euros (28%).
“É o primeiro relatório que evidencia uma consolidação das contas, indicando que vamos por um caminho que é sustentável”, afirmou o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves, na reunião do executivo municipal desta segunda-feira, 18 de abril, onde as contas da autarquia foram aprovadas com os 4 votos a favor do PSD, 4 abstenções do PS e o voto contra da CDU.
Além do pagamento de dívidas a fornecedores, o autarca salientou ainda o resultado conseguido através da renegociação de empréstimos e taxas de juro com a banca, que se traduziu numa poupança de cerca de 227 mil euros e muito contribuiu para o saldo positivo de 4,6 milhões de euros das contas de 2016.
Ricardo Gonçalves afirmou mesmo que, com estes resultados, “é expectável que o município possa baixar impostos [atualmente à taxa máxima devido ao pedido de apoio ao Estado] mais rapidamente que o previsto no plano de saneamento financeiro”.
O presidente da autarquia enfatizou também o facto da autarquia estar atualmente a pagar a tempo e horas, seja às associações e juntas de freguesia, seja aos seus fornecedores. “Já estamos a pagar a esmagadora maioria das faturas de abril”, garantiu, apontando ainda as taxas de execução de 90% para nas receitas e 85% nas despesas.
Oposição aponta aspetos negativos
Por parte da oposição, as maiores críticas vieram do vereador da CDU, que chumbou mesmo a Prestação de Contas e Balanço Social do ano de 2015. Jorge Oliveira considera que a maioria PSD “mais não tem feito que agravar condições de vida dos cidadãos, primeiro duplicando diívida do PS e agora na resolução das trapalhadas criadas” pela gestão de Moita Flores.
“Não conseguimos vislumbrar início do caminho do crescimento”, disse ainda o vereador da CDU, acrescentando que “o pagamento da dívida é importante” mas também é necessária uma política “que evite degradação património municipal e das condições de vida de quem vive e trabalha no concelho de Santarém”.
Já o PS, por Celso Braz e Ricardo Segurado, criticou a falta de investimento (cerca de 2,6 milhões em 2015) e a passividade de Ricardo Gonçalves enquanto vereador no tempo em que a autarquia era lidera por Moita Flores.
“Lamento que não fosse tão assertivo entre 2006 e 2011”, acusou Segurado, que terminou considerando que a “autonomia da autarquia está fortemente limitada” devido ao aumento da dívida nesse período de 6 anos.