Filipa Filipe, uma psicóloga clínica de 29 anos, é a cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Santarém nas próximas eleições autárquicas.
A candidata foi apresentada ao final da tarde desta segunda-feira, 22 de maio, numa sessão onde o partido também anunciou publicamente os cabeças de lista à Assembleia Municipal de Santarém, Francisco Cordeiro, e à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias da Cidade, Graça Isabel.
“Queremos uma política diferente, com novas pessoas, mais transparente e mais inclusiva”, afirmou Filipa Filipe, explicando que o projeto autárquico do BE para a cidade e para o concelho assenta “em 10 laços de uma candidatura cidadã e de afeto por Santarém”.
A “aliança de cidadania”, segundo lhe chamou a candidata, que é militante do BE, assenta na implementação do Orçamento Participativo e num maior envolvimento dos munícipes nas decisões coletivas, na regeneração urbana do centro histórico e na transparência das decisões autárquicas, entre outras questões que o partido tem defendido para a cidade.
“Estamos aqui porque os executivos anteriores não fizeram o seu trabalho. Não deram respostas às necessidades concretas das pessoas”, afirmou Francisco Cordeiro, o administrador de sistemas de informação de 28 anos que vai encabeçar a lista à Assembleia Municipal, e que prometeu uma “maior fiscalização” à atuação da autarquia.
“Precisamos de freguesias mais ativas”, numa cidade “que merece ter políticas de esquerda voltadas para o bem comum”, afirmou Graça Isabel, a funcionária pública de 46 anos que concorre como independente à Assembleia de Freguesia da União da Cidade, e que em 2013 já fez parte das listas do movimento “Mais Santarém”.
Esta sessão contou com a presença de Catarina Martins, a coordenadora nacional do BE, para quem esta candidatura “está aqui para quebrar a rotina e implementar a exigência” no poder local.
“As autarquias não podem ser as coutadas dos autarcas e dos presidentes de Junta a quem se dá uma palavrinha para receber um favorzinho”, afirmou Catarina Martins, apelando a um “combate pela transparência”.
“As eleições não podem ser só de quatro em quatro anos, as pessoas devem ser chamadas a uma participação ativa em políticas de proximidade”, salientou ainda a líder do bloco, recordando que foi o partido foi o primeiro em Portugal a introduzir as questões relacionadas com o Orçamento Participativo na agenda política.
A candidatura do BE em Santarém não divulgou para já os restantes elementos que compõem as listas aos órgãos autárquicos, nem a quantas Juntas de Freguesia vai concorrer.