Neste sentido, a deputada Fabíola Cardoso, eleita pelo círculo de Santarém, apresentou ontem um Projeto de Resolução que o partido entregou na Assembleia da República, documento que considera a requalificação deste troço “um projeto fundamental para a Linha do Norte e estruturante no contexto da Rede Ferroviária Nacional”.
“A intensidade das deslocações de passageiros e mercadorias entre a Região das Lezírias – com especial significado no Entroncamento, Santarém, Tomar, Azambuja, Vila Franca – e a Área Metropolitana de Lisboa, reforçam a necessidade de um transporte ferroviário mais resiliente nos troços de maior afluência”, salientou a deputada, durante uma conferência de imprensa que o Bloco realizou na Estação Ferroviária da Ribeira de Santarém, na segunda-feira, 15 de fevereiro.
O Projeto de Resolução recorda que a obra, estimada em 300 milhões de euros, visa “mitigar riscos graves que desde há muito afetam as populações e as levam a reivindicar a intervenção, como é o caso das passagens de nível que estão na origem de vários acidentes, alguns dos quais mortais, como é o caso da passagem de nível de Assacaias”.
Para o Bloco, é fundamental “a mudança de traçado junto à cidade de Santarém, retirando a linha que segue junto ao rio Tejo, considerando os riscos que comporta para as populações do Vale e da Ribeira de Santarém que moram junto à linha de comboio, assim como os riscos de derrocada da encosta na zona de Alfange que precisam de obras de consolidação”.
Em linhas gerais, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo que “proceda à requalificação do troço Vale de Santarém – Entroncamento, prevista na primeira versão do PNI2030, de janeiro de 2019, melhorando com urgência a segurança e a qualidade do transporte”, “concretize a alteração do traçado da linha junto à cidade de Santarém”, e “requalifique as estações, nomeadamente a do Entroncamento”.