Os vereadores socialistas José Augusto e Rui Barreiro manifestaram a sua estranheza pelo facto do documento ir a discussão sem informação técnica de nenhum técnico da autarquia e salientaram o facto da empresa que está a fazer a obra apontar o dedo ao município por este ainda não ter resolvido algumas situações que se arrastam desde 9 de julho de 2018 e que motivaram a suspensão dos trabalhos em cerca de 70 por cento do seu valor.
Em causa estão, segundo a Ancorpor – Geotecnia e Perfurações, Lda, condicionalismos como a não autorização de acesso a um terreno da família Rosa Tomás por trás do arquivo municipal até ao final do antigo teatro Rosa Damasceno, a drenagem de esgotos pluviais e a demolição de um edifício na rua de Santa Margarida, entre outros constrangimentos que levam a empresa a prever que os trabalhos só fiquem terminados a 12 de janeiro de 2021.
Na resposta, o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves (PSD) lamentou que o PS esteja a associar os atrasos nesta obra com a reabertura da EN114, garantindo uma vez mais que aquela via de comunicação está pronta para reabrir desde setembro do ano passado e que tal só não aconteceu por culpa da empresa pública Infraestreuturas de Portugal.
“Se fosse da Câmara [a EN114] estava aberta desde setembro”, frisou Ricardo Gonçalves, acusando José Augusto de estar a dizer “uma série de disparates”.
O presidente da câmara explicou que a autarquia não pode violar a lei e que por isso não pode demolir casas ou entrar em terrenos particulares sem autorização, assuntos que estão a ser resolvidos em tribunal e que, eventualmente poderão levar a indemnizações á autarquia.
A ratificação da modificação do plano de trabalhos foi aprovada com os 5 votos a favor do PSD e 4 votos contra do PS.