Seg, 12 Maio 2025

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Autárquicas: Vitória esmagadora do PS entre surpresas e curiosidades

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Ao conquistar 13 dos 21 concelhos ribatejanos, será seguro afirmar-se que o PS pode cantar vitória em relação aos resultados das eleições autárquicas no distrito de Santarém, numa noite de escrutínio marcada por algumas surpresas e outras tantas curiosidades.

Em termos gerais, o PSD acabou por crescer ligeiramente, ao contrário do que se verificou a nível nacional, e a CDU foi o partido que mais perdeu no distrito, quer em votos, quer em representantes nos órgãos autárquicos.

Como curiosidade, fica o facto de haver apenas três caras novas entre os 21 presidentes de Câmara do Ribatejo, num sinal claro de que o eleitorado pronunciou-se muito mais pela continuidade do que pela mudança.

Socialistas reforçaram votação e fizeram a festa

Do lado dos vencedores, a vitória mais expressiva foi registada em Almeirim, onde Pedro Ribeiro mobilizou para si quase 74% do eleitorado, tendo ficado a poucas dezenas de votos de conquistar os sete mandatos na autarquia.

Na capital da sopa da pedra, sobra Sónia Colaço, da CDU, que conseguiu manter o lugar de vereadora, ao contrário do PSD, que não chegou aos 800 votos.

Os socialistas conseguiram ainda excelentes resultados em Tomar, Cartaxo, Salvaterra de Magos e na Chamusca, onde Anabela Freitas, Pedro Magalhães Ribeiro, Hélder Esménio e Paulo Queimado passam agora a liderar o município com maioria absoluta, que não tiveram durante o mandato 2013 – 2017.

No Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro conseguiu mesmo mais dois mandatos na autarquia, ao passo que, em Salvaterra, os socialistas registaram um aumento percentual de votação na ordem dos 20%, num concelho onde se esperava um resultado mais renhido, tendo em conta o regresso de Ana Cristina Ribeiro pelo Bloco de Esquerda.

Em Alcanena, Torres Novas e Barquinha, Fernanda Asseiceira, Pedro Ferreira e Fernando Freire conseguiram mais um vereador para reforçar as maiorias que já detinham.

Os concelhos socialistas onde não se registaram grandes mexidas em relação ao figurino do mandato que agora cessa, Abrantes e Coruche, têm em comum o facto dos atuais presidentes Maria do Céu Albuquerque e Francisco Oliveira terem registado também um aumento na votação.

A Golegã não mudou de partido, mas mudou de presidente, com o regresso do histórico autarca Veiga Maltez à vida política ativa, numa vitória que era esperada.

Uma palavra ainda para o Entroncamento, onde o socialista Jorge Faria conseguiu aumentar expressivamente a votação no PS contra a candidatura do PSD liderada por Jaime Ramos, o ex-autarca social-democrata que liderou o concelho durante três mandatos.

O PS apenas perdeu uma Câmara, a de Ourém, que o PSD recuperou após a justiça ter impedido a recandidatura de Paulo Fonseca, dado como insolvente a poucos dias das eleições.

Em Constância, um dos bastiões comunistas do distrito de Santarém, o novo presidente da Câmara é Sérgio Oliveira, que não só derrotou nas urnas a atual presidente Júlia Amorim, como o fez com maioria absoluta, conquistando três dos cinco mandatos.

PSD distrital em contraciclo com o desastre nacional

O PSD do distrito de Santarém, em claro contraciclo com os resultados desastrosos verificados a nível nacional, não só assegurou a vitória em todos os municípios que já detinha, como passa a gerir mais um, em relação ao anterior mapa distrital autárquico.

Em Ourém, Luís Albuquerque recuperou a Câmara que os social-democratas tinham perdido em 2009, e com maioria absoluta, fruto dos quatro mandatos alcançados.

Na capital de distrito, Santarém, Ricardo Gonçalves foi outro dos vencedores da noite eleitoral, ao recuperar a maioria absoluta que não teve no mandato que agora finda.

A par de Ourém, Santarém foi a derrota que mais amargos de boca provocou aos socialistas, que apresentaram como cabeça de lista o ex-secretário de Estado Rui Barreiro, e que presidiu aos destinos da Câmara até 2005.

Nos restantes quatro municípios laranja, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Rio Maior, os presidentes Jacinto Flores, Vasco Estrela, Miguel Borges e Isaura Morais mantiveram e reforçaram a votação e as maiorias absolutas que já tinham.

CDU reduzida a duas autarquias

Com Constância tomada de assalto pelos socialistas, a CDU vê-se reduzida a dois concelhos no mapa do distrito: Benavente e Alpiarça, onde, apesar de manterem a maioria absoluta, os resultados não são animadores para Carlos Coutinho e Mário Pereira.

Em Alpiarça, o PS de Sónia Sanfona ficou a 180 votos de roubar a Câmara a Mário Pereira, e, em Benavente, a CDU registou uma diminuição percentual de 6% na votação, em relação aos resultados de 2013.

No total a nível do distrito, a CDU perdeu quase 5.500 votos expressos, tendo passado de 23 para apenas 14 mandatos autárquicos, e ficando sem vereadores eleitos em sete Câmaras Municipais: Abrantes, Entroncamento, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Tomar e Torres Novas.

A CDU passa a ter um vereador na Golegã, mas perdeu um dos dois que tinha na Chamusca.

O Bloco de Esquerda, que depositava algumas esperanças fortes em Ana Cristina Ribeiro, em Salvaterra, e Helena Pinto, em Torres Novas, conseguiu apenas subir a votação global nas suas listas, passando de 8.419 votos em 2013 para 10.815 votos nestas eleições, em termos globais.

O CDS/PP, embora a análise seja mais complicada tendo em conta os concelhos em que concorreu coligado com outras forças políticas ou apoiando movimentos de cidadãos, também subiu globalmente a sua votação.

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