Os presidentes das Comunidades Intermunicipais (CIM) da Lezíria e do Médio Tejo acreditam que a criação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional juntamente com o Oeste será uma realidade, pelo que não faz sentido propor a junção das duas comunidades.
Em declarações à agência Lusa, Maria do Céu Albuquerque (PS), presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e da Câmara de Abrantes, disse que a criação desta nova CCDR, “de crucial importância para a região”, está no programa do Governo, “que tem este compromisso e está a estudá-lo, pois depende também de negociações com Bruxelas”, pelo que acredita “sinceramente que vai ser uma realidade”.
Também Pedro Ribeiro, presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e da Câmara de Almeirim, disse à Lusa que a criação de uma nova unidade territorial para fins estatísticos (NUT) de nível 2 tem estado em discussão, admitindo que a saída do Reino Unido da União Europeia possa vir a alterar o cálculo da média do PIB per capita na UE, razão pela qual o processo ainda não avançou.
Estas declarações foram feitas após uma moção aprovada na passada sexta-feira, na Assembleia Municipal de Torres Novas, defendendo a junção apenas das Comunidades Intermunicipais da Lezíria e do Médio Tejo.
Recorde-se que em julho do ano passado, o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, afirmou, nas Caldas da Rainha, que o Governo só avançará com a criação de uma NUT II englobando municípios do Oeste, Tejo e Lezíria quando forem conhecidas as regras do próximo quadro comunitário.
O Oeste, o Médio Tejo e a Lezíria do Tejo englobam 33 concelhos: Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Alenquer, Almeirim, Alpiarça, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Ourém, Peniche, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Sardoal, Sobral de Monte Agraço, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras e Vila Nova da Barquinha.
Atualmente as três CIM dependem da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo em termos de ordenamento do território, mas integram as CCDR Centro (OesteCIM e CIMT) e Alentejo (CIMLT) para os fundos comunitários.