Um grupo de activistas de várias comissões de trabalhadores do distrito de Santarém lançou uma petição de âmbito nacional onde exigem a criação de impostos sobre o património de luxo e sobre as transações em bolsa, e exigem a renegociação das parcerias público-privadas.
A petição, que rejeita também liminarmente a adopção por parte do governo de novas medidas de austeridade, pode ser consultada e assinada no endereço de internet http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N26664.
Victor Franco, da Comissão de Trabalhadores (CT) da EDP/Distribuição (Santarém), João Gonçalves, CT da REN (Abrantes), Francisco Alves, da CT da CP (Tramagal), Joaquim Cruz, da CT do Banco de Portugal (Salvaterra de Magos), e Manuel Borrego, da CT da EMEF (Entroncamento), são os criadores e primeiros signatários do documento, que diz pretender “cessar a política de austeridade imposta sobre os rendimentos do trabalho e as prestações sociais”.
Mais em concreto, os peticionários pretendem a intervenção da Assembleia da República no sentido de produzir legislação para “criar um imposto sobre o património de luxo a partir de um milhão de euros, um imposto de 0,1% sobre as transacções na bolsa de valores mobiliários e renegociar as parcerias público-privadas (PPP), sujeitando o interesse privado à situação de emergência social e política actual”.
“Os trabalhadores têm vindo a ser sujeitos a fortíssimas medidas de austeridade que, além de constituírem um brutal ataque aos direitos de quem trabalha, têm originado degradação dos salários, reformas, pensões e outras prestações sociais, precarização e aumento exponencial da taxa de desemprego”, afirmam ainda os activistas em comunicado.