Uma das situações mais complicadas vive-se no concelho de Tomar onde a Câmara Municipal admitiu esta sexta-feira, 15de janeiro, o encerramento do 1º Ciclo na Escola Raul Lopes (Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria).
Apesar do município não ter competência para decretar genericamente o encerramento de uma escola, compete-lhe assegurar a generalidade de recursos humanos e materiais, o que se está a tornar cada vez mais complicado devido ao aumento de casos.
“Em relação à EB1/JI Raul Lopes, a maior escola desta tipologia no concelho (198 alunos de 1º ciclo), com os casos positivos de COVID surgidos nos últimos dias entre funcionários municipais e da Associação de Pais, tem-se feito um esforço de recurso, quer a funcionários alocados a outras escolas, quer a outros serviços municipais, para garantir o mais possível o normal funcionamento daquele estabelecimento de ensino”, explica a autarquia.
“A partir de segunda-feira, e com mais casos entretanto surgidos, essa possibilidade não está garantida em relação ao 1º ciclo, deixando de ser possível assegurar a qualidade e a segurança mínima para a presença dos alunos na escola, pelo que o Município assume a responsabilidade de a encerrar ao longo da próxima semana”, adianta a autarquia.
Refira-se que só esta sexta-feira, o concelho de Tomar registou mais de uma centena (109) casos de novas infeções pelo novo Coronavírus.
59 CASOS NAS ESCOLAS DE SANTARÉM
O concelho de Santarém é outro dos que enfrenta uma situação cada vez mais complicada nas suas escolas. Segundo os dados desta sexta-feira, há 59 infetados nos vários Agrupamentos Escolares (AE), com destaque para o AE Afonso Henriques (Alcanede), com 22 casos, seguindo-se, o AE Ginestal Machado (13), o AE Sá da Bandeira (10), o AE Alexandre Herculano (9) e a Escola Técnica e Profissional do Ribatejo (5).
Há ainda 8 casos em estabelecimentos do pré-escolar, nomeadamente 4 no Valle dos Príncipes (Santarém) e 4 no Mãe Celeste (Abrã).
Apesar de não haver dados concretos e diferenciados, há outros concelhos com situações complicadas nas escolas e jardins de infância, uma situação que alguns especialistas defendem que poderá piorar nos próximos dias.
Recorde-se que, apesar do dever geral de confinamento, o Governo decidiu manter as escolas em funcionamento presencial.