Os trabalhadores da Unicer vão voltar a reunir em plenário nos dias 4, 5 e 6 de novembro para decidirem eventuais acções de luta e protesto contra o fecho da fábrica de Santarém e o despedimento de mais de 140 Trabalhadores.
Esta decisão, comunicada esta segunda-feira, 2 de novembro, surge face à renúncia do conselho de administração da Unicer em responder à moção dos trabalhadores ou mesmo em receber os seus representantes.
Em comunicado, a comissão de trabalhadores coloca ainda em causa a forma como a notícia da eventual devolução de fundos comunitários por parte da empresa foi trazida à opinião pública.
“Não obstante o facto de também nós acharmos pertinente o controlo que vai sendo feito às empresas que beneficiam deste tipo de apoios e entendermos que essas verbas deverão ser canalizadas unicamente para o fim a que são devidas, não podemos deixar de considerar que, muito antes da discussão chegar (como chegou) à obrigatoriedade de a Unicer devolver os fundos de que beneficiou, dever-se-ia centrar o foco da opinião pública na obrigatoriedade moral que uma empresa altamente rentável e beneficiária de verbas comunitárias terá para com os seus Trabalhadores e, por via disso, deveria estar impossibilitada de efectuar quaisquer despedimentos”, pode ler-se no comunicado.
Os trabalhadores entendem igualmente que “dever-se-ía estar agora a discutir na praça pública forma de o sentimento atrás ser convertido em efectividade legal pelos agentes políticos do nosso País”.
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