Os trabalhadores da Sumol+Compal de Almeirim vão aderir à greve de dia 29 de agosto em solidariedade com os trabalhadores de Leiria, Pombal e Póvoa pela atualização do salário mínimo nacional.
Segundo um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), os funcionários da Sumol+Compal “determinaram em plenário uma concentração à porta da empresa, em luta contra a administração, que desrespeita o aumento do salário mínimo nacional e que não negoceia com o sindicato o caderno reivindicativo apoiado pelos trabalhadores”.
“Descobrimos que a empresa, nas unidades de Pombal e de Leiria, pratica salários abaixo do salário mínimo nacional e que pratica valores de 545 euros e de 551 euros”, afirmou à Agência Lusa Rui Matias, do Sintab, explicando que a Sumol+Compal tem “uma engenharia financeira” para “justificar e uma ilegalidade”.
O dirigente sindical acusa a empresa de “camuflar esta situação de forma ilegal com um suposto subsídio que paga aos trabalhadores” e de considerar que o salário e o subsídio juntos superam o valor do salário mínimo, tendo acrescentado que já foram entregues provas à Autoridade Para as Condições no Trabalho (ACT).
Rui Matias adiantou ainda que outro dos motivos na origem do protesto é “a falta de diálogo que a empresa revela”, já que não tem estado disponível para negociar o caderno reivindicativo do sindicato, cujas exigências incluem aspetos como “o fardamento, os aumentos salariais e as categorias profissionais”.