A decisão de convocar esta greve resultou dos plenários realizados em novembro nas unidades de Almeirim e de Pombal, onde foi também decidida a realização de concentrações à porta das duas fábricas e a realização de uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Almeirim, com a presença da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
“Esta decisão deriva da intransigência que a administração tem demonstrado na recusa da séria negociação da carta reivindicativa apresentada pelos trabalhadores”, explica um comunicado da direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB).
Segundo o SINTAB, os trabalhadores reivindicam a “reformulação do escalonamento da tabela salarial, quase totalmente absorvida pelo salário mínimo nacional, e a implementação de perspetivas de progressão de carreira”.
O sindicato alega que a administração da empresa “não tem dado qualquer resposta objetiva, desvalorizando a iniciativa e os próprios trabalhadores”.
O comunicado lembra que, nos plenários realizados em novembro, tinha já sido deliberado “o combate à contínua precarização da mão-de-obra, por recurso excessivo e injustificado à prestação de serviços externos e trabalho temporário, bem como a firme oposição aos despedimentos coletivos que a empresa colocou em prática durante os últimos anos”.
Na Carta Reivindicativa então aprovada, era pedida uma valorização do vencimento base em 150 euros, para todos os trabalhadores, para inverter a perda do poder de compra ocorrida na última década, a atualização do subsídio de turno para 25% do salário base, bem como das horas noturnas (de 27,5% para 35% e de 39% para 50%) e do subsídio de refeição para 7,5 euros.
