A Câmara Municipal de Santarém aprovou na reunião de 19 de fevereiro a contratação de dois empréstimos, no valor global de cerca de 12 milhões de euros, para poder avançar com obras há muito ambicionadas como o pavilhão empresarial de Alcanede, o pavilhão multiusos de Amiais de Baixo, e uma série de outras infraestruturas desportivas, entre campos e pavilhões polidesportivos.
O empréstimo maior, de 7.740,00 milhões de euros, a pagar a 20 anos, destina-se às obras do pavilhão empresarial de Alcanede (3,180 milhões de euros), do pavilhão multiusos de Amiais de Baixo (2,700 milhões de euros), e de um novo pavilhão desportivo a construir na ex-EPC (1,590 milhões de euros).
Já o segundo empréstimo, no montante de 4,562 milhões de euros, a pagar a 10 anos, destina-se a obras no campo municipal de rugby (2,643 milhões de euros), no campo de jogos da Ribeira de Santarém (1,279 milhões de euros) e no campo de relvado natural da Escola Agrária (639 mil euros).
Em ambos os casos, o município vai consultar 12 instituições financeiras, que terão até 11 de março para apresentar as suas propostas. Vencerá a que apresentar condições mais vantajosas para o município.
Além destes 12 milhões, a câmara aprovou igualmente esta segunda-feira reafectar o empréstimo já aprovado para pavilhão desportivo de Pernes, no valor de um milhão e meio de euros, que não será necessário para esse fim porque o município conseguiu fundos comunitários que não estavam inicialmente previstos, e que será agora utilizado na construção do complexo desportivo municipal, obra de 3,8 milhões de euros, a construir junto ao complexo aquático, no Jardim de Cima.
Um outro empréstimo, este de 1,244 milhões de euros, destinado à beneficiação e requalificação de instalações desportivas, será também reafectado ao novo complexo desportivo.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, não escondeu a sua “grande alegria” por conseguir avançar com as obras neste seu último mandato, referindo também o facto de este grande investimento em nada ir condicionar a situação financeira da autarquia, cuja dívida atual ronda os 30 milhões de euros, a melhor desde 2002, ano em que entrou em vigor o Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL).
Segundo disse, num plano de investimento a 15 anos (média dos dois empréstimos), a autarquia ficará a pagar “cinquenta e poucos mil euros por mês”, para “investimentos decisivos para a equidade do nosso território”.
Os vereadores do PS também elogiaram a contratação destes empréstimos, aprovados por unanimidade, com Nuno Domingos a lembrar que só na área desportiva são cerca de 10 milhões de euros. “Nunca se investiu tanto no desporto”, disse, antes do vice-presidente da autarquia, João Leite (PSD), considerar que este foi “outro dia histórico deste mandato para Santarém”.
Tendo em conta os concursos, os vistos do Tribunal de Contas e outras formalidades, Ricardo Gonçalves estima um prazo de dois anos e meio a três anos para a concretização destas infraestruturas.