O relatório final da Comissão Técnica Independente (CTI) sobre o novo aeroporto da Grande Lisboa foi entregue ao Governo esta segunda-feira à tarde, 11 de março, e tem como principal novidade que Santarém passa a ser admitida como hipótese, mas obriga sempre a manter o Humberto Delgado.
Segundo o jornal “Eco”, o Campo de Tiro de Alcochete mantém-se como a opção com mais vantagens, mas o aeroporto de Santarém, que na versão preliminar era apontado como inviável para um hub intercontinental por razões aeronáuticas, fosse sozinho ou com o Humberto Delgado, é agora apontado como viável se funcionando em complemento ao atual aeroporto.
Parece assim estar ultrapassado o conflito de tráfego aéreo com a base aérea de Monte Real, que, segundo a CTI, limita o número de movimentos que a infraestrutura pode receber. Segundo o “Eco”, terá pesado o facto de Santarém ser a única localização fora da área de concessão da ANA, o que permite introduzir concorrência e aumentar o poder negocial do Estado, o concedente.
Como a Rede Regional avançou em Dezembro do ano passado, os promotores do projeto da construção do novo aeroporto em Santarém consideram que a avaliação da CTI ao Magellan 500 não foi feita corretamente e sofre de “erros e vícios graves de avaliação”.
Em comunicado de imprensa, os promotores do aeroporto de Santarém, analisam vários pontos da decisão e, relativamente ao aspeto particular da navegação aérea, um dos mais discutidos, consideram que “a Magellan 500 apresentou, no início dos trabalhos da CTI, em fevereiro de 2023, um projeto de compatibilização do espaço aéreo, demonstrando como o Magellan 500 é compatível com a base de Monte Real”.
Ainda assim, o Campo de Tiro de Alcochete continuar a ser a opção estratégica com mais vantagens. O relatório só será divulgado publicamente a 22 de março, e será o novo Governo que sair das eleições legislativas de ontem a tomar uma decisão final.