“O protocolo prevê também a colaboração na execução de projetos de cooperação, e a prestação de serviços aos agentes económicos, nomeadamente no âmbito do comércio externo e na promoção das exportações”, explica uma nota de imprensa da associação empresarial ribatejana.
A assinatura do acordo realizou-se no passado dia 20 de outubro, após uma sessão sobre “Oportunidades de Investimento, transferência de conhecimento e de tecnologia com o Estado da Bahia”, que marcou o regresso das sessões presenciais na Nersant, e estreou a nova sala da Startup Santarém, na antiga Escola Prática de Cavalaria.
O presidente da direção da Nersant, Domingos Chambel, abriu a sessão precisamente chamando a atenção para a nova sala nas instalações onde funciona a Startup Santarém, que alberga meia centena de empresas, fruto de uma parceria com a Câmara Municipal de Santarém, e que tem permitido à associação realizar o seu trabalho de estímulo ao empreendedorismo na região.
Domingos Chambel referiu que a Nersant é maior associação empresarial de base regional, com mais de 3.000 empresas associadas, num território com uma população de 567 mil habitantes e uma área 7.000 km2.
É uma dimensão relevante, mas incomparável quando colocada ao lado dos números do Estado da Bahia, com os seus 567 mil km2 (área equivalente à França), 16 milhão de habitantes, e 720 mil empresas.
Para o presidente, tendo em conta os bons portos marítimos de Portugal, e a excelente localização geográfica, os acessos rodoferroviários, e as plataformas logísticas multimodais, a região do Ribatejo reúne um potencial ótimo para funcionar como placa giratória entre o Brasil e o mercado europeu de 500 milhões de consumidores.
O Vice-Governador do Estado da Bahia, João Leão, começou por salientar que o Governo da Bahia está a concretizar um ambicioso plano de desenvolvimento integrado, com grandes investimentos na melhoria das infraestruturas e logística, a fim de atrair novos investidores.
“As coisas acontecem muito rápido no Brasil, onde estamos a promover um leque de investimentos muito grande, em infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, em novas pontes, e outras grandes obras em construção, através de PPP – parcerias público privadas, para as quais desafia as empresas portuguesas a participar”, disse.
Há 6 anos, o Estado da Bahia era o 23.º vagão do comboio Brasil, que tem S. Paulo como locomotiva; e desde então a Bahia já subiu e hoje é o 10.º vagão e o objetivo agora é passar para 7.º e dentro de poucos anos tomar o 2.º lugar”, referiu o Vice-Governador.