Durante 2016 e 2017, a Lezíria do Tejo vai dispor de cerca de 500 mil euros para a incubação de novas empresas, desenvolvimento de ideias de negócio e a criação de uma rede regional de apoio ao empreendedorismo.
O projeto, foi apresentado esta segunda-feira, 11 de janeiro, no Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior (CNIRM), chama-se “Incubar+Lezíria” e junta a Nersant, o AgroCluster Ribatejo, a DESMOR, o Instituto Politécnico de Santarém (IPS) e a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT)
Com financiamento já aprovado ao abrigo do Portugal 2020, este projeto está voltado sobretudo para a consolidação de start-ups nos setores da média e alta tecnologia e uso intensivo do conhecimento.
Entre os objetivos do programa, segundo o que foi explicado na sessão de apresentação, estão a criação de pelo menos 12 novas empresas nestes dois sectores estratégicos, entre um total de 100 novas empresas, no global.
O “Incubar+Lezíria” pretende ainda analisar 200 novas ideias de negócio e vai atribuir 12 bolsas para a criação de empresas, depois de analisada a viabilidade e o potencial de crescimento dos mesmos.
A atribuição de bolsas é apenas uma do conjunto de ações que vão ser realizadas no âmbito deste projeto, e onde se incluem ainda quatro concursos temáticos (que vão dar destaque às ideias nas áreas da agro-indústria e da saúde e bem estar, entre outras), um ciclo de workshops, a criação de um programa de simulação de negócios, sessões de fomento junto dos alunos do IPS e a criação de uma campanha intitulada “Vantagens do Empreendedorismo na Lezíria do Tejo”.
Boas ideias de negócio não faltam
“Este projeto terá sempre resposta para a maturação de ideias empreendedoras”, explicou o presidente executivo da Nersant, António Campos, para quem “o apoio ao empreendedorismo tem que ser feito com alguma solidez, sob pena de alguns bons projetos não terem, no futuro, pernas para andar”.
Segundo este responsável, o “Incubar+Lezíria” foi também estruturado para combater alguns dos pontos fracos da região, que apresenta taxas de atividade empreendedora e taxas de nascimento de empresas inferiores à média nacional, bem como uma taxa de sobrevivência de 2 anos abaixo dos 50%.
Nesta análise, os parceiros da rede identificaram ainda que o perfil do empreendedor da Lezíria não é o mais favorável e que faltam ações de apoio ao empreendedorismo na Lezíria, sobretudo direcionadas para fileiras estratégicas e para atividades de valor acrescentado.
Como pontes fortes, a mesma análise identificou a existência de várias entidades fortes e com experiência nestes domínios, boas infraestruturas de instalação e incubação, um potencial competitivo em vários setores de atividades e a existência de cinco escolas superiores, com os seus mais de 3.000 alunos.
“Acreditamos que a região tem todas as potencialidades e queremos inverter a situação de estarmos abaixo da média nacional”, concluiu António Campos.