A informação foi confirmada à Rede Regional pelo administrado do ISLA Santarém, Domingos Martinho, que admite as “negociações em curso” entre as duas entidades, escusando-se, no entanto, a revelar mais pormenores, “tal como mandam as regras éticas que presidem a propósitos de compra e venda de imóveis”.
Recorde-se que o ISLA Santarém já ocupa o primeiro andar do edifício em causa, instalações que o diretor da instituição particular de ensino garante que “se encontram devidamente legalizadas”, não respondendo à questão do nosso jornal se são sua propriedade ou existe algum contrato (aluguer) com os CTT.
BLOCO DE ESQUERDA PEDE EXPLICAÇÕES
Numa pergunta enviada ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação, a deputada do Bloco de Esquerda (BE) eleita por Santarém, Fabíola Cardoso, questiona o Governo sobre este assunto, onde teme que esteja a haver uma delapidação de património público arquitetónico de interesse municipal.
O BE considera que este potencial negócio “retirará a devida centralidade a um serviço público essencial, empurrando para a periferia o posto de distribuição e os vários serviços de correio que o edifício alberga”.
“Assim, urge que o Governo procure, junto da Administração dos CTT, obter os devidos esclarecimentos sobre a venda deste edifício e que promova a reversão da decisão”, diz Fabíola Cardoso que quer saber se o Governo tem conhecimento desta situação, se está disponível para, junto da administração dos CTT, obter os devidos esclarecimentos sobre a venda do edifício histórico dos CTT em Santarém e que promova a reversão da decisão, de modo a garantir a qualidade do acesso a um serviço público essencial e tão necessário nos tempos em que vivemos.