“Chegámos a um lugar no pódio, mas não há razão nenhuma para que não possamos continuar a subir neste ranking”, afirmou Pedro Cruz, o diretor geral da Gallo Worldwide, durante uma visita à fábrica Vítor Guedes, em Abrantes, e que serviu para uma apresentação dos resultados da empresa em 2013.
A frase do responsável espelha a ambição da Gallo, que atingiu em 2013 um volume de faturação na ordem dos 150 milhões de euros e é, neste momento, a terceira marca de azeite mais vendida no mundo.
Há cinco anos atrás, a empresa ocupava o 8º lugar deste ranking, e agora diz-se preparada para continuar a crescer face às grandes concorrentes italianas e espanholas.
Presente em 47 países, a Gallo Worldwide registou no ano passado um crescimento na ordem dos 20%, e prevê continuar a crescer na ordem dos dois dígitos em 2014.
“O Brasil foi um mercado fundamental para o crescimento da marca”, explicou Pedro Cruz, acrescentando que a Gallo é líder de vendas não só neste país, onde detém uma quota de 33%, mas também em Portugal, Venezuela e Angola.
A nova linha de produção inaugurada há cerca de um ano na fábrica Vítor Guedes, e que significou um investimento na ordem dos 12 milhões de euros, tem, para já, capacidade de resposta para a estratégia de crescimento da Gallo Worldwide, explicaram os responsáveis, não se prevendo nenhuma expansão desta unidade fabril.
75% da produção é para fora da Europa
Em Abrantes, são enchidas, em média, cerca de 120 toneladas de azeite por dia.
Do total da produção, 25% destinam-se ao mercado português e europeu, sendo 75% exportado para fora da Europa, níveis que a empresa prevê manter neste exercício.
“Temos que ter critérios muito claros na seleção dos mercados onde queremos estar presentes”, afirmou Pedro Cruz, explicando que os mais rentáveis são o Brasil e a Venezuela, além do mercado nacional.
A estratégia de crescimento da empresa no mercado mundial não vai beliscar os valores associados à Gallo, e que assentam na “qualidade do produto e na tradição do saber fazer azeite”, explicou o diretor geral.
“Tentamos sempre preservar a história e os valores que herdámos de quem começou este negócio antes de nós”, disse Pedro Cruz, referindo-se à família Vítor Guedes e às atuais instalações, onde em 1860 já se produzia azeite, segundo os registos históricos disponíveis.
Além da fábrica em Abrantes, a Gallo Worldwide tem escritórios em Lisboa, em Xangai e São Paulo, contando no total com cerca de 190 trabalhadores.