Vários representantes dos municípios de Maputo e Matola, em Moçambique, visitaram a ETAR de Almeirim / Alpiarça na tarde desta sexta-feira, 3 de julho, e consideraram que o equipamento é uma solução “eficiente, económica e amiga do ambiente” no processo de tratamento de esgotos.
A delegação deixou em aberto a possibilidade da ETAR vir a ser replicada nos municípios que gerem, e que têm uma população na ordem dos 2,3 milhões de habitantes.
O facto deste equipamento servir dois concelhos, Almeirim e Alpiarça, foi um dos aspetos que mais agradou aos autarcas moçambicanos, que pretendem aplicar o mesmo princípio da intermunicipalidade em Maputo e Matola, que contam com o apoio do Fundo Mundial das Nações e da Organização Mundial de Saúde para o tratamento eficiente e seguro das águas residuais.
Maputo tem apenas uma ETAR que não assegura o tratamento das águas residuais com eficiência, e deixa a descoberto uma zona do município que tem cerca de 1,5 milhões de pessoas, ao passo que em Matola, com 800 mil residentes, ainda não existe uma única ETAR.
A visita ao complexo do Paul da Gouxa foi conduzida por Mário Pereira, presidente da Câmara de Alpiarça, e Joaquim Sampaio, vereador na Câmara de Almeirim.
Um dos aspetos que mais impressionou os autarcas africanos foram as aves que nidificam nas várias lagoas deste equipamento, cuja recente requalificação implicou um investimento que rondou os 4 milhões de euros.