“Não é tempo de construção, mas sim de capacitação, ou seja, tornar viável aquilo que já existe”. A frase é do diretor da Segurança Social de Santarém Tiago Leite, que aponta os apoios no âmbito da requalificação, nomeadamente no âmbito da eficiência energética, e da inclusão social como os apoios prioritários para as entidades da economia social no novo quadro comunitário de apoio. “O novo quadro comunitário diz não ao betão”, acrescentou.
Tiago Leite foi um dos presentes nas sessões de esclarecimento relativamente aos apoios comunitários disponíveis para o terceiro setor, promovidas pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), em Torres Novas e no Vale de Santarém.
Ao todo, estiveram presentes mais de 150 representantes de diversas entidades da economia social da região, que ficaram a conhecer os programas operacionais no âmbito do novo quadro comunitário, suscetíveis de lhes trazer competitividade e sustentabilidade acrescida.
Relativamente aos apoios concretamente ditos, a Nersant deu a conhecer os dois programas operacionais no âmbito dos fundos comunitários para as entidades da economia social. Nas sessões, foi apresentado o PO SEUR, Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos 2014-2020, onde estão enquadrados os apoios para as entidades no âmbito da eficiência energética. Estas candidaturas, foi divulgado nas sessões, abrem em outubro, o que permite a cada entidade elaborar um diagnóstico energético, que pode ser solicitado à Nersant, que presta este apoio, e preparar atempadamente para a apresentação de candidaturas.
Outras das apoios disponíveis é o PO ISE, Programa Operacional Temático Inclusão Social e Emprego, que visa o reforço da integração das pessoas em risco de pobreza e o combate à exclusão social, assegurando a dinamização de medidas inovadoras de intervenção social e os apoios diretos aos grupos populacionais mais desfavorecidos, as políticas ativas de emprego e outros instrumentos de salvaguarda da coesão social.
No âmbito deste programa, existem diversas tipologias de candidaturas às quais as entidades da economia social se podem candidatar, estando já algumas em aberto no próximo mês de maio.
O presidente da Comissão Executiva da Nersant, António Campos, fez toda a moderação dos seminários, encerrando as sessões afirmando que a “competitividade não é um conceito aplicável exclusivamente às empresas. As instituições também devem procurá-la, pensando do ponto de vista estratégico e económico, a sua gestão. Isto é essencial para a sustentabilidade das instituições”.