A Tejo Energia, empresa que gere a central termoeléctrica do Pego, no concelho de Abrantes, está a “avaliar a hipótese” de transformar a unidade de produção de energia, que atualmente funciona com carvão, numa central de resíduos florestais.
A revelação foi feita pela presidente executiva da empresa, Beatriz Milne, na comissão parlamentar de inquérito às rendas aos produtores de eletricidade. Em causa está o facto de a atual licença de produção terminar em 2021, sendo que as eventuais alterações se irão processar a partir dessa data.
Questionada pelo deputado do CDS-PP Hélder Amaral, a responsável refere que a empresa dá trabalho a 200 famílias diretamente, a outras 100 indiretamente, e é o motor de desenvolvimento da zona, o que faz com que seja necessário “analisar todas as possibilidades existentes para continuar a ter essa responsabilidade com essas pessoas e com o município”.
Segundo Beatriz Milne, a solução “vai depender muito das políticas ambientais e do contexto fiscal e regulatório” do Estado português.
Admitindo que os três anos que faltam para o fim da licença é “pouco tempo”, a presidente da Tejo Energia reconhece que o desmantelamento da central a carvão cabe à empresa, sendo parte do acordo celebrado aquando da compra dos terrenos, onde está instalada.
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